domingo, 14 de junho de 2009

CURIOSIDADES

A cidade de Volta Redonda e o Rio Paraíba do Sul.

Volta Redonda surgiu como povoado em 1744,quando os primeiros desbravadores descobriram a curiosa curva do rio Paraíba do Sul,que deu origem ao nome da cidade.A região se desenvolveu na Segunda metade do século XIV com a navegação do Rio Paraíba e a chegada da estrada de ferro Dom Pedro II à Barra Mansa e Barra do Piraí.
Volta redonda permaneceu como povoado até 1926,quando se tornou distrito da vizinha Barra Mansa.Somente em 1954 a cidade conseguiu sua emancipação,tempos depois de ter sido escolhida para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional,criada pelo então presidente Getúlio Vargas,em 1941.

Com o aço produzido em larga escala pela CSN,foi possível montar as bases do novo parque industrial do país.E Volta Redonda cresceu à sombra da companhia.Hoje,onze anos depois da privatização da empresa,a cidade está diante de uma nova realidade.Todo esforço da administração económica e gerar novos empregos.

Fonte:

Expedição pelo Paraíba do Sul

O Rio que abastece de água cerca de 14 milhões de pessoas, começa na nascente do rio, na cidade de Areias, interior de São Paulo. Acompanhado pelas professoras do Instituto de Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Christina Castelo Branco e Elizabete Palermo, Curvello mostra, em primeiro lugar, porque é importante preservar a vegetação do entorno da nascente. “É a vegetação que faz com que a água da chuva penetre no solo. Sem ela, a água vai escorrer pela superfície do solo e, com isso, não vai penetrar e formar a nascente”, explica Elizabete. Na região do Médio Paraíba, um projeto de parceria entre a Unirio e a Light tem a responsabilidade de fazer uma radiografia do Paraíba do Sul nesta altura do seu curso. A professora Christina comanda um grupo de pesquisa que faz o monitoramento do rio na região próxima dos reservatórios de Ribeirão das Lajes, Santana e Vigário. O trabalho visa monitorar a saúde do rio, checando níveis de poluição, qualidade da água e comunidades aquáticas. Um dado interessante diz respeito à qualidade da água do reservatório de Ribeirão das Lajes, que, apesar dos mais de cem anos de existência, permanece excelente. “Grande parte disto é devido à proteção da margem, temos a floresta ainda preservada na margem, uma bacia de drenagem também preservada e que faz a diferença de tudo. Ou seja, o manejo adequado e correto do reservatório garante a qualidade da água cem anos depois.”
Vejam o vídeo é muito interessante.

Vídeo: http://windowsmedia.globo.com/tvglobo/globouniversidade/PGU_06_junho_2009.wmv

fonte:http://globouniversidade.globo.com/GloboUniversidade

Postado por Dorcas em 17/06/2009

Paraíba do Sul levará muitos anos para se recuperar do desastre ecológico


Alguém se lembra deste fato?

Na madrugada do dia 18 de novembro de 2008, um líquido leitoso é liberado silenciosamente para as águas barrentas do rio Pirapetinga. Veneno. Os peixes que entravam em contato tinham o sistema nervoso atacado, convulsões, hemorragia interna seguida de morte. O vazamento seguiu por horas, sem que ninguém percebesse. Tempo suficiente para que o produto químico saísse do afluente e chegasse ao principal rio que abastece o estado do Rio de Janeiro: o Paraíba do Sul. Os relatos são muitos, e por isso não se sabe ao certo quem primeiro avistou a nuvem de peixes mortos que chegava em Barra Mansa (RJ), a primeira cidade afetada.

A nuvem tóxica correu 500 quilômetros do rio até o mar. “Percorreu toda a extensão do rio, e por onde o veneno passava foi aniquilando o manancial de peixes”, relata o delegado Fernando Reis, responsável pela investigação criminal do caso, da Delegacia de Meio Ambiente. Várias cidades recolheram peixes mortos, tentando aliviar o cheiro que infestava as casas ribeirinhas, procurando evitar doenças. Muitos foram incinerados, outros levados para o lixão da cidade de Carmo, município da região. Caso fossem enterrados em apenas um lugar, poderiam contaminar o solo e os lençóis freáticos.
Sérgio Coelho, presidente da Associação dos Canoeiros Defensores da Natureza de Barra Mansa, conta que só ele tirou uns 3 mil quilos de peixe, num barco pequeno, desses com um motor simples atrás. Cada município retirou toneladas do leito.
Só a Federação de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro cedeu quatro caminhões, com capacidade para 25 toneladas cada, que saíram cheios. Outras 50 toneladas ficaram presas nas grades de contenção da Usina Hidrelétrica Ilha dos Pombos, próximo ao município de Carmo. Até no mar é provável que tenha havido estragos. “Houve 40 quilômetros de praia de onde tiramos peixes mortos. Teve tartaruga, capivara. Não podemos afirmar que foi relacionado, mas foi na mesma época”, diz Marilene Ramos, secretária de Meio Ambiente do RJ. O Ibama fala em centenas de toneladas de peixes mortos.
A causa do desastre foi descoberta seguindo a trilha dos peixes mortos. Na verdade, como dito no início da reportagem, a toxina vinha de um afluente do Paraíba do Sul chamado Pirapetinga. Mais precisamente do ponto em que o afluente passa nas costas da Servatis, empresa que evasava o endosufan. O vazamento ocorreu de madrugada. O caminhão que fazia o transporte do produto teria estacionando e o encarregado feito a ligação para bombear o produto tóxico para os tanques. Só que se ausentou por uns instantes da operação e o diafragma soltou do engate do caminhão e o produto se derramou no dique de contenção que não se sabe por que, mas se encontrava com a válvula aberta que permitiu o vazamento de 8 mil litros de produto químico, que foi responsável por este crime ambiental.
Este não foi o primeiro houveram outros acidentes que causaram estragos ao Rio Paraíba do Sul:

  • 1982 – Vazamento da Cia. Paraibuna de Metais, com o rompimento de um dique de contenção de rejeitos no rio Paraibuna, que carreou resíduos de metais pesados (cromo e cádmio) e outras substâncias tóxicas, contaminando o rio Paraíba do Sul desde a confluência com o Paraibuna até a foz.
  • 1984 – Acidente rodoviário em que um caminhão despejou 30 mil litros de ácido sulfúrico no rio Piabanha.
  • 1988 – Vazamento de óleo ascarel contido em 3 mil litros de água utilizada para apagar o incêndio em transformadores na Thyssen Fundições.
  • 1989 – Acidente com um caminhão tanque de metanol que despejou o produto no rio, na altura de Barra do Piraí.
  • 2003 – Vazamento de mais de 20 milhões de litros de soda cáustica no rio Pomba, provenientes da indústria Cataguazes de Papel. Acidentes de menores proporções ocorreram em 2006 e 2007, sob responsabilidade da mesma indústria.

Pena que tais acidentes viram manchetes e depois caem no esquecimento. Alguém sabe sobre o desfeixo de algum destes acidentes citados? A certeza que temos é que a água que abastece as nossas casas provém deste rio, que é mais um motivo para estarmos atentos e conscientes para promover e reinvidicar por sua preservação.

"A água é um bem precioso e é um dever de todos nós trabalharmos em prol de sua preservação"

fonte:Artigo originalmente publicado na Revista Fórum, Edição 72 • Março de 2009.

fotos de Dorcas R. Oliveira, tiradas no dia 20/11/2008 às 13:40 h na Av. Beira Rio - Volta Redonda-RJ.

Postado por Dorcas da Rocha Oliveira